É o que fazes quando ninguém vê que sustenta o que mais tarde todos verão.

Toda árvore guarda em si uma grande lição espiritual.
Quando a vemos erguida em direção ao céu, cheia de ramos, folhas e frutos, esquecemos que o seu primeiro movimento foi para baixo, não para cima.

As raízes mergulham no escuro, afastam-se da luz e encontram resistência. Precisam furar a terra, empurrar pedras, abrir caminho onde nada parecia possível. Fazem o trabalho invisível, silencioso, que ninguém vê.

Só depois disso vêm os ramos. Estes não enfrentam resistência: apenas seguem naturalmente a luz, afastando-se da sombra. Crescem para o alto, visíveis, admiráveis, resultado do esforço escondido debaixo da terra.

A metáfora é clara e bonita: a vida funciona exatamente assim.
O que fazes no escuro, quando ninguém está a ver — disciplina, foco, consistência, batalhas internas — é o que sustenta o que mais tarde todos verão — conquistas, reconhecimento, frutos.

A espiritualidade lembra-nos disso todos os dias: a luz só se manifesta porque primeiro tivemos coragem de atravessar a escuridão.

Por isso, já sabes, não tenhas medo de crescer nas sombras porque são elas que te vão fazer florescer à luz.