

Sandra Maria
O que mudou em mim quando percebi onde colocar o meu foco
Foco e Atenção Plena
18 de dez. de 2025
Este tem sido, para mim, um ano de foco e de atenção plena. Num ano conturbado, exigente e por vezes emocionalmente intenso, senti que a verdadeira questão não era o que estava a acontecer, mas onde eu estava a colocar a minha atenção.
Aprendi que o foco é uma escolha diária. E que viver em atenção plena não é um conceito abstrato nem um estado permanente de equilíbrio. É, antes, um exercício constante de regresso. Regresso ao essencial. Regresso ao que importa.
Ao longo deste ano, o meu foco foi-se afinando. Foi-se tornando mais claro que o lugar onde quero estar é no meu jardim interno, esse espaço invisível onde cultivo a minha paz, as minhas intenções, os meus valores. E também no meu jardim externo, feito das pessoas que amo, dos mais próximos que, sem saberem, me ensinam todos os dias o que significa estar verdadeiramente presente.
Este foi o ano em que me senti mais focada naquilo que realmente interessa. Não foi fácil. Continua a não ser. Há dias em que a atenção se dispersa, em que o ruído entra, em que a vida tenta puxar-me para fora do meu centro. Mas tenho-me treinado para isso. Treinado o olhar. Treinado a escuta. Treinado a capacidade de perceber quando me afasto e, com gentileza, puxar-me de volta.
Tenho aprendido a proteger o meu foco como quem protege algo precioso. A não o desperdiçar com distrações que não acrescentam, com preocupações que não controlo, com caminhos que não quero trilhar. Porque o foco que escolho hoje constrói, silenciosamente, a vida que estou a criar por dentro e à minha volta.
Tenho também praticado a atenção plena, não em longas meditações ou rituais formais, mas na vida real. No dia-a-dia. Nas tarefas simples. No tempo em família. Em estar realmente presente enquanto estou. Em viver cada momento como se fosse o primeiro e, talvez, o último. Porque mesmo quando se repete, nunca é igual. Nunca volta a ser exatamente aquele instante.
Tenho a sorte imensa de ter pessoas à minha volta, grandes e pequenas, que me lembram disso diariamente. Que me mostram, com a sua presença e espontaneidade, que os momentos não se acumulam, vivem-se. E que merecem ser vividos em pleno, sem distrações, sem pressa, sem estar sempre a meio caminho de outro lugar.
Não significa que eu não me preocupe com o estado do mundo, com o futuro dos nossos jovens e das nossas crianças. Preocupo-me, claro que sim. Mas tenho aprendido algo importante: há uma diferença entre preocupação e presença. Como diz alguém que admiro muito, a palavra para a loucura que atravessa o mundo neste momento é aceitação. Não uma aceitação resignada, mas uma aceitação consciente. Não deixei de acreditar na mudança, acredito profundamente nela. Desejo-a. Mas sei que a mudança chega quando estamos preparados para ela. E que, muitas vezes, o que nos cabe é esperar, confiar e rezar pelo melhor.
Tudo isto tem sido, para mim, uma jornada interior. Um caminho de alinhamento, de paz e de serenidade possível no meio do caos. Um ano em que aprendi que foco não é fechar os olhos ao mundo, mas escolher onde pousar o coração.
E, hoje, sei com mais clareza do que nunca: onde coloco o meu foco, encontro-me.
E para ti vai este desejo profundo: que assim te encontres, em harmonia com o mundo.
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