O lugar Sagrado da Criança e a sua Sabedoria inocente

Dia 1 de Junho celebrámos a infância, esse tempo mágico onde tudo é possível, onde o olhar é curioso, o coração é leve e o riso é fácil. Mas essa data não é só para os mais pequenos, ela deve ser também um lembrete para nós, adultos: para que não deixemos a nossa criança interior se apagar, desvanecer.

Dentro de cada um de nós ainda vive aquela criança que sonha alto, que cria mundos com a imaginação, que ama com verdade e se encanta com o simples. Essa criança interior é a nossa fonte de criatividade, de liberdade, de inspiração e de verdade. É ela que nos permite imaginar novos caminhos, ousar ser autênticos e manter viva a capacidade de se maravilhar com a vida.

Nas culturas ancestrais, a criança sempre ocupou um lugar sagrado. Povos indígenas, africanos e orientais vêm na infância não apenas o futuro da comunidade, mas também a presença de um espírito puro, conectado à essência da vida. Respeitam o que a criança representa: sabedoria inocente, conexão com o sagrado e com a natureza. E talvez seja hora de resgatarmos esse olhar.

Que nos Dias da Criança, possamos não só celebrar os pequenos, mas também honrar a criança que fomos e ainda somos. Que nos permitamos brincar mais, sonhar mais, criar mais. Porque é essa criança interior que nos lembra quem realmente somos.

Cuidar da criança é cuidar do mundo. Cuidar da nossa criança interior é cuidar da nossa alma.

Foto: Sandra Maria no Ritual Xamânico de Limpeza no Festival ATMAN 2025

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