

Sandra Maria
Autenticidade ou Falta de Educacão?
Atualidade
30 de jul. de 2025
Autenticidade sem empatia é só ego. E liberdade sem respeito é só barulho.
Vivemos numa era onde a autenticidade e a liberdade de expressão são cada vez mais valorizadas. As redes sociais abriram espaço para todos partilharem as suas opiniões, sentimentos e crenças. E isso tem muito de positivo: dá voz às pessoas, empodera, quebra tabus e promove o diálogo. Mas como tudo na vida, os excessos podem transformar virtudes em problemas.
A linha tênue entre ser autêntico e ser mal-educado vai estreitando. Há quem confunda sinceridade com falta de filtro, e autenticidade com agressividade. "Sou assim mesmo", "gosto de dizer as coisas como são", "não tenho papas na língua" são expressões comuns que ouvimos (ou lemos) por quem acredita que dizer tudo o que pensa, sem considerar o outro, é sinal de assertividade. Lamento, mas não é.
Ser assertivo é saber comunicar com clareza, sim, mas também com empatia e respeito. A verdadeira autenticidade não é um escudo para ofensas ou para humilhar. Muito menos é um pretexto para espalhar opiniões sem base, sem escutar, sem conhecer o contexto ou a história.
A cultura do "tenho direito à minha opinião" é válida, todos temos uma. Mas nem todas as opiniões têm o mesmo valor. Uma opinião formada sem informação é um palpite. E partilhar algo ofensivo com a desculpa de ser apenas uma opinião, é uma distorção da liberdade de expressão.
Na internet, o anonimato e a distância favorecem essa postura: comentários agressivos, julgamentos fáceis, palavras duras. Pouco importa se ferem, se expõem, se ridicularizam. Há uma sensação de impunidade que alimenta esses comportamentos.
Por outro lado, há quem evite qualquer tipo de posicionamento para não desagradar. Tornam-se neutros em tudo, quase como uma "Suíça" social. E isso também pode ser um problema. Porque o silêncio constante pode ser cumplicidade. É preciso saber falar, mas também saber quando se deve falar.
O caminho do meio é o mais humano e a chave está no equilíbrio. Podemos (e devemos) ser autênticos, mas com consciência. Podemos (e devemos) expressar-nos, mas com responsabilidade. Não se trata de censura, mas de civilidade. E sobretudo, de humanidade.
Autenticidade sem empatia é só ego. E liberdade sem respeito é só barulho.
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