

Sandra Maria
A terapia moderna é Narcisista. Concordas?
Terapia
12 de nov. de 2025
Não fui eu que disse :), mas podia perfeitamente ter sido.
Quem o disse foi Dennis Prager.
E por mais desconfortável que seja ler isto, tenho de admitir: concordo com ele.
Vivemos numa era em que o autoconhecimento virou espetáculo. Um teatro de culpados e vítimas. Tudo é “o meu trauma”, “a minha dor”, “o meu limite”, “o meu processo”.
A palavra “meu” nunca foi tão usada.
Não me interpretes mal, sou uma defensora convicta do amor-próprio.
Mas o loop infinito de vitimização e falta de autorresponsabilidade está a deixar as pessoas cada vez mais frágeis. E mais longe da cura.
Ironicamente, quanto mais se fala sobre “curar”, menos reis e rainhas temos no trono da sua própria vida. O palco da vulnerabilidade virou um show do ego.
O terapeuta? Muitas vezes, cúmplice da narrativa, aquele que, em vez de libertar, mantém a vítima presa.
Sim, há processos sérios e terapeutas brilhantes.
Mas também há quem, por seguir teorias sem espírito crítico, alimente dependências emocionais e perpetue um processo sem fim. Chama-se terapia, mas às vezes parece narcisismo disfarçado de profundidade.
O “ouve-me, entende-me e valida-me” raramente evolui para o “age, muda, cresce”.
E talvez porque no dia em que cresces… deixas de precisar de voltar.
A cura começa no momento em que percebes que:
- O mundo não gira em torno do teu trauma.
- O terapeuta não é o herói da tua história.
- E tu já tens a coroa da tua cura, só precisas lembrar-te de usá-la.
Seria mais fácil dizer o que as pessoas querem ouvir? Seria.
Provavelmente teria mais clientes, mais likes, mais marcações na agenda de clientes fiéis. Mas seria falso. E eu prefiro a verdade que liberta à mentira que conforta.
Há uma diferença entre fazer terapia e usar a terapia como desculpa para não crescer. Se sais de cada sessão mais dependente do terapeuta do que de ti,
então algo não está bem. Porque o objetivo final não é que o terapeuta te compreenda,
é que tu te superes.
A terapia deve ser ferramenta, não muleta. Um espaço para crescer e não para te esconder.
No fim do dia, não é sobre culpar os outros. É sobre deixar de precisar culpar.
É sobre olhares-te ao espelho e lembrares-te que a partir de hoje, voltas a sentar-te no trono da tua vida.
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